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domingo, 30 de janeiro de 2011

ADMINISTRANDO O MEDO




Recente pesquisa revelou que muitos brasileiros vivem dominados pelo medo.
Medo que vai desde o de ser assaltado, perder um filho, descobrir que tem
uma doença grave, não conseguir pagar as contas, a sofrer um acidente, ter
um ataque cardíaco ou perder o parceiro.
Alguns dos entrevistados revelaram que nem saem de casa ou que, em casa,
vivem em sobressalto, ao menor ruído estranho.
Naturalmente, vivemos num mundo onde há muita violência, maldade e
dificuldades.
Mas é importante se pense um pouco, a fim de não se engrossar o rol dos que
vivem sob a injunção do medo, perdendo anos preciosos das próprias vidas.
Assim, não sofra por antecipação. Algumas pessoas, sugestionáveis, assistem
imagens violentas na TV e acham que fatos como aqueles poderão acontecer com
alguém da sua família.
Tomar precauções é recomendável. A ninguém se pede que seja incauto,
imprevidente.
Mas daí a ficar pensando, a toda hora, que algo terrível vai acontecer, será
o mesmo que desistir da vida desde agora.
Pessoas que assim agem podem não se tornar vítimas de acidentes, de assaltos
ou de doenças, mas do próprio medo.
Medo que as manterá infelizes, isoladas.
Por isso, nunca deixe que o medo o paralise. Faça o que tiver que fazer: ir
à escola, às compras, ao templo religioso.
Se enfrentar medos e preocupações sozinho lhe parecer difícil, procure
ajuda. Pode ser de um psicólogo, de grupos de pessoas que sofrem problemas
semelhantes ou de um bom amigo.
E, em vez de se torturar com uma infinidade de contas a pagar, pense mais
antes de adquirir o novo eletrodoméstico, de realizar a viagem dos seus
sonhos, comprar a roupa da moda.
Aprenda a viver de acordo com os recursos que dispõem. Dê um passo de cada
vez. Planeje férias com antecedência. Programe-se.
Não gaste tudo que ganha. E, muito menos, não gaste o que ainda não ganhou.
Não fique pensando em ganhar na loteria, na sena, na loto, no programa
televisivo. Trabalhe e sinta orgulho de poder, com seu próprio esforço, ir
adquirindo o de que necessita.
Em vez de ficar pensando na possibilidade de se manifestar essa ou aquela
doença terrível, opte por fazer check-up anual.
Não espere para ir ao médico somente quando a dor o atormente, um problema
de saúde se manifeste.
Procure o médico para saber se está tudo bem com você. Faça exames. Pratique
exercícios sob supervisão.
Ande até a panificadora, em vez de ir sempre de carro. Pratique jardinagem,
lave o carro.
Pense, sobretudo, positivamente: "Deus protege a minha vida. Sou abençoado
por Deus. Sou filho de Deus."
Trabalhe com alegria, ganhando as horas. Não transforme o seu ambiente
profissional em um cárcere de torturas diárias.
Sorria mais. Faça amigos. Converse com os amigos. Estabeleçam, entre vocês,
um cuidado mútuo.
Isso no que se refere a você, aos seus filhos, ao seu patrimônio.
Unidos seremos fortes.
Enfim, não tenha medo do medo. Ele é um legado saudável e protetor. Mas se
torna um problema quando fica exagerado ou irracional.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dificuldade é sinônimo de males espirituais?

Dificuldade é sinônimo de males espirituais?

Nem sempre. Algumas pessoas têm o péssimo habito de pensar que TUDO acontece é por causa do mundo espiritual. As coisas que não dão certo não são, em sua maioria, resultados de trabalhos que fizeram para o seu mal, ou um encosto que não te deixa viver.
Mas a pergunta mais obvia agora é: Então como saber se as dificuldades que eu sofro são resultados de influencias espirituais negativas? Bom, essas influencias se apresentam de forma bem diversificada, então o que eu posso fazer é uma aproximação dessa situação. Normalmente quem sofre com os males espirituais SEMPRE tem problemas com oportunidades, elas ameaçam vir e por fim alguma coisa dá errado. Brigas constantes com entes queridos ou pessoas que costumavam ser muito próximas.
É comum irmos a casas espíritas que cobram e eles nos apontarem logo de cara um problema, e esse costuma ser um dos mais “freqüentes”, por isso sempre aconselhamos as pessoas a consultarem casas de caridade de confiança. Pois quem de fato faz esses trabalhos para o mal de outra pessoa são justamente médiuns que usam de seu dom com fonte de renda e acabam praticando más ações em troca de algum dinheiro. E insisto nesta parte: Casa de caridade não faz trabalho nenhum que possa prejudicar alguém.
A unica forma de "se livrar" desse mal é ir a alguma sessão de descarrego? Isso varia de caso para caso, a ida a uma sessão não é a unica saída, tudo depende da situação. 


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

OXALÁ




Oxalá



Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam.

O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô.

A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.

Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.

Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo.


ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OXALÁ

As pessoas de Oxalá são calmas, responsáveis, reservadas e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.


OXALÁ - LENDA 

Olodumaré entregou a Oxalá o saco da criação para que ele criasse o mundo. Porém essa missão não lhe dava o direito de deixar de cumprir algumas obrigações para outros Orixás e Exu, aos quais ele deveria fazer alguns sacrifícios e oferendas.

Oxalá pôs a caminho apoiado em um grande cajado, o Paxorô. No momento em que deveria ultrapassar a porta do além, encontrou-se com Exu que, descontente porque Oxalá se negara a fazer suas oferendas, resolveu vingar-se provocando em Oxalá uma sede intensa. Oxalá não teve outro recurso senão o de furar a casca de um tronco de um dendezeiro para saciar a sua sede.

Era o vinho de palma o qual Oxalá bebeu intensamente, ficou bêbado, não sabia onde estava e caiu adormecido. Apareceu então Olófin Odùduà que vendo o grande Orixá adormecido roubou-lhe o saco da criação e em seguida foi a procura de Olodumaré, para mostrar o que teria achado e contar em que estado Oxalá se encontrava.

Olodumaré disse então que “se ele esta neste estado vá você a Odùduà, vá você criar o mundo”. Odùduà foi então em busca da criação e encontrou um universo de água, e aí deixou cair do saco o que estava dentro, era terra. Formou-se então um montinho que ultrapassou a superfície das águas.

Então ele colocou a galinha cujos pés tinham cinco garras. Ela começou a arranhar e a espalhar a terra sobre a superfície da água, onde ciscava cobria a água, e a terra foi alargando cada vez mais, o que em Ioruba se diz IlE`nfê expressão que deu origem ao nome da cidade Ilê Ifê.

Odùduà ali se estabeleceu, seguido pelos outros Orixás e tornou-se assim rei da terra.

Quando Oxalá acordou, não encontrou mais o saco da criação. Despeitado, procurou Olodumaré, que por sua vez proibiu, como castigo a Oxalá e toda sua família, de beber vinho de palma e de usar azeite de dendê. Mas como consolo lhe deu a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos nos quais ele, Olodumaré insuflaria a vida.


OXALÁ 

Um dia Oxalufam, que vivia com seu filho Oxaguiam, velho e curvado por sua idade avançada, resolveu viajar a Oyó em visita a Xangô, seu outro filho. Foi consultar um babalaô para saber acerca da viagem. O adivinho recomendou-lhe não seguir viagem. Ela seria desastrosa e acabaria mal.

Mesmo assim, Oxalufam, por teimosia, resolveu não renunciar à sua decisão. O adivinho aconselhou-o então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.

Em sua caminhada, Oxalufam encontrou Exú três vezes. Três vezes Exú solicitou ajuda ao velho rei para carregar seu fardo, que acabava derrubando em cima de Oxalufam. Três vezes Oxalufam ajudou Exú, carregando seus fardos imundos. E por três vezes Exú fez Oxalufam sujar-se de azeite de dendê, de carvão, de caroço de dendê.

Três vezes Oxalufam ajudou Exú. Três vezes suportou calado as armadilhas de Exú. Três vezes foi Oxalufam ao rio mais próximo lavar-se e trocar suas vestes. Finalmente chegou a Oyó. Na entrada da cidade viu um cavalo perdido, que ele reconheceu como o cavalo que havia presenteado a Xangô.

Tentou amansar o animal para amarrá-lo e devolvê-lo ao filho. Mas neste momento chegaram alguns súditos do rei à procura do animal perdido. Viram Oxalufam com o cavalo e pensaram tratar-se do ladrão do animal. Maltrataram e prenderam Oxalufam. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro.

Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Xangô desesperado, procurou um babalaô que consultou Ifá, descobrindo que um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera.

 Xangô correu para a prisão. Para seu espanto, o velho prisioneiro era Oxalufam. Xangô ordenou que trouxessem água do rio para lavar o rei. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufam. Xangô vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalá e todo o povo saudava Xangô. Depois Oxalufam voltou para casa e Oxaguiam ofereceu um grande banquete em celebração pelo retorno do pai.

Obs. Na umbanda é extremamente raro um médio incorporar esta linha, mas quando acontece normalmente temos a linha dos caboclos de oxalá. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DESCARREGO E TRANSPORTE NA UMBANDA

O TRANSPORTE acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora uma entidade espiritual de outro médium que no momento é incapaz de incorporar, um exemplo disso é quando ocorre a incorporação do Guia Espiritual de um consulente. Esse ato requer responsabilidade, conhecimento e atenção, pois acontece por algumas necessidades especificas que devem ser compreendidas proporcionando assim o equilíbrio espiritual e energético de todos os envolvidos.

Alguns dos motivos para que o Transporte aconteça: para absorver a energia prânica do médium, assim o corpo astral do Guia é vitalizado, fortalecido e até curado; para solicitar algo específico e importante como uma oferenda; para apresentação ou confirmação da existência de um Guia.
Já o DESCARREGO acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora um espírito de baixa vibração energética, mental e emocional com intuito de “limpeza”.

Algumas situações que acontecem durante o Descarrego: médium incorpora “seu” próprio Exu de Trabalho para fazer limpezas energéticas, fazer negociações e/ou vitalizar o consulente; médium incorpora o Exu do consulente para fazer limpezas energéticas, fazer negociações, vitalizar seu médium e/ou solicitar oferenda especifica para que possa defender ou descarregar seu médium junto com elementos naturais e energéticos; médium incorpora Exu ativado pela Lei que, até então, atuava de forma punitiva e paralisadora retirando elementos energéticos e recolhendo espíritos que atuavam sob seu comando; médium incorpora espíritos negativos (faixas vibratórias negativas) como sofredores, eguns, zombeteiros, vampirizadores ou quiumbas, nesses casos todo cuidado e atenção são necessários, um exemplo disso é que para esses espíritos não se deve servir cigarro, vela, bebida etc, assim como não podem ser permitidas a comunicação ou solicitação de oferendas.
Todas essas situações de descarrego acontecem por permissão da Lei Divina, e é a partir de um trabalho religioso, de médiuns preparados, onde o único intuito é a caridade, que se tem a grande oportunidade de encaminhamento destes irmãos, que necessitam de nossa ajuda para um redirecionamento evolutivo.

Tanto o Transporte quanto o Descarrego, são práticas importantíssimas que permeiam as giras de Umbanda facilitando os trabalhos dos Guias Espirituais, além disso, são práticas que requerem muita responsabilidade, disciplina e conhecimento, portanto ESTUDAR é fundamental para melhor agir, praticar e servir dentro da Lei de Umbanda e da Lei Divina.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Andar com Fé!!!

Andar com fé
é saber que cada dia é um recomeço,
é ter certeza que os milagres acontecem
e que os sonhos podem se realizar. 
Andar com fé
é saber que temos asas invisíveis,
é fazer pedidos a estrelas cadentes
e abrir as mãos para o céu.
Andar com fé é olhar sem temor
as portas do desconhecido,
ter a inocência dos olhos da criança,
a lealdade do cão,
a beleza da mão estendida
para dar e receber.
 Andar com fé
é usar a força e a coragem
que habitam dentro de nós
quando tudo parece acabado.
Andar com fé
é saber que temos tudo a nosso favor,
é compartilhar as bênçãos multiplicadas,
é saber que sempre seremos surpreendidos
com presentes do Universo,
é a certeza de que o melhor sempre acontece
e que tudo aquilo que almejamos
está totalmente ao nosso alcance.
 Basta só Andar com Fé !

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ifá, O oráculo/ Jogo de Búzios

Ifá, o oráculo.

O culto a Ifá, a adivinhação através de oráculo, é um culto que considero totalmente a parte dos demais cultos, ou seja, para responder a tradicional pergunta “--existe o jogo de búzios na Umbanda ou só no Candomblé?” eu diria que não tem em nenhum dos dois, pois o culto a Ifá, desde a África, sempre foi um culto a parte do culto a Orixá, desta forma, em nada depende dos cultos a Orixá para existir, estes sim em alguns fundamentos dependem do culto a Ifá, do oráculo, para determinar uma série de coisas importantes, como por exemplo, a coroa do médium, seus Orixás regentes.

Na África, logo ao nascer já se sabia se a criança seria ou não um sacerdote de Ifá, e se o fosse, desde pequeno já recebia tratamento diferenciado, ingressando ainda bem jovem em uma espécie de escola só para estes que seriam os futuros Oluwós. O Oluwó (Babalaô) é o cargo máximo deste culto.

De forma simples, podemos resumir em:

Babalorixá/Ialorixá, Pai/Mãe de Santo – Como se costuma chamar os sacerdotes de Candomblé e Umbanda, que cultuam Orixá e entram em transe mediúnico.

Oluwó (Babalaô) – Como se chama o sacerdote de Ifá, que cultua Orunmilá e não entra em transe para a prática do Ifá.

Esta é uma forma simples de ilustrar o fato de que se trata de cultos diferentes sendo que os primeiros citados (Candomblé e Umbanda) muitas vezes recorrem ao segundo (culto de Ifá) para consultas necessárias.

Acontece que hoje em dia, muitos sacerdotes de Umbanda e Candomblé acumularam a função de Babalaô em seus terreiros, uma situação fácil de compreender, pois nos dias de hoje não existem mais Oluwós.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

OXÓSSI

Oxóssi
O Deus Oxóssi, traz nas mãos o Arco e a Flecha, o Ofá,  símbolo máximo do caçador que luta para manter a subsistência da tribo
OXÓSSI – O Caçador das Matas
 Numa visão antropológica os orixás são vibrações de energia, cada um numa faixa própria, com as quais os seres humanos se identificam, o que justifica a existência de “filhos” de diferentes orixás. Numa visão teológica, os orixás são divindades s serem respeitadas e cultuadas por seu filhos, que com eles entrariam em contato através de diferentes rituais disseminados na cultura tribal africana e que no Brasil estão agrupados sob o rótulo de uma religião: o Candomblé e a Umbanda. Os mitos e lendas manifestavam grande vitalidade, envolvendo personalidades extrovertidas como Exú. Essa ânsia pelo movimento e pela expansão levava a um grande número de guerreiros, como Ogum, Iansã e Obá.. Mesmo em tempos de paz, os personagens não envolvidos com as guerras continuavam a ter uma sociedade com um núcleo estável, voltada tanto para as tarefas femininas tradicionais (Yemanjá e Oxum a esposa e a amante, a reprodutora e a que concede prazer) como para o exercício do poder e da autoridade (Xangô e Oxalá). Nesse sentido, dois orixás iorubás fogem da tradição básica: o mago Ossain, o solitário senhor das folhas e Oxóssi , o caçador. Ambos são irmãos de Ogum na maior parte das lendas e possuem o gosto pelo individualismo e o ambiente que habitam: a floresta virgem, as terras verdes não cultivadas. A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização iorubana, é o que está além do fim da aldeia. Nela o homem não tem a proteção da organização social, do maior número de pessoas. Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar livremente. É o território do medo. Oxóssi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça. por isso, ma África é também cultuado como Odé , que significa caçador. É tradicionalmente associado a Lua e, por conseguinte a noite, melhor momento para a caça. Tem em comum com seu irmão Ogum (dizem as lendas que são irmãos inseparáveis, sendo dentro do mundo iorubá o amor de irmão mais forte que existe) a utilização da floresta, mas enquanto o senhor da guerra percorre as matas nas lutas militares, Oxóssi e Ossain tem na floresta  o próprio fim. Enquanto Ogum percorre a mata para abrir caminhos e ampliar o território através das guerras, Ossain se esconde nela para estudar as folhas e Oxóssi para capturar animais. Ogum modifica a floresta, enquanto Oxóssi e Ossain se identifica com ela e com ela se mistura. Na umbanda recebe o título de rei das matas, sendo a ele consagrada a cor verde. Tanto na Umbanda como nas nações do Candomblé, é figura próxima de Ogum, por ter com ele certas afinidades de comportamento e porque nas danças cerimoniais do candomblé é o segundo orixá a aparecer, procedido apenas pelo abre-alas Exú e pelo desbravador Ogum. Oxóssi é um orixá que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado estável. Ao mesmo tempo por ser protetor dos caçadores e por conviver com os animais é também tido como protetor dos  animais. Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. Por isso Oxóssi nunca aprova a matança pura e simples. Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possa ser caçados. Em alguns ramos do candomblé também atribui a ele o poder sobre as colheitas, já que a agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência. Oxóssi é bastante cultuado no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese dos historiadores é que Oxóssi foi cultuado basicamente no Ketu, onde chegou a receber título de rei. Essa nação porém, foi praticamente destruída no século 19 pelas tropas do então rei do Daomé.  Já no Brasil é grande o prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. Seus símbolos são ligados à caça: possui um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão usa o Erukerê, pêlos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios. O mito do caçador explica sua grande e rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos de índios brasileiros. Em alguns cultos essa relação é tão próxima que Oxóssi não é tido como um negro mas como um índio. Seu objeto básico é o arco e a flecha, o Ofá e o Damatá. Seu número ritualístico é o quatro por serem quatro as qualidades de Oxóssi difundidas no Brasil. A ele estiveram ligados alguns orixás femininos, mas o grande destaque foi para Oxum, com quem teve um romance e desse nasceu seu filho LogunEdé.  

O Arquétipo dos seus filhos
  
O filho de Oxóssi apresenta arquétipicamente as características atribuídas do Orixá. Impondo sempre sua marca pelo mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo. São pessoas independentes e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata a fim de caçar. Seus filhos possuem um grave conceito de ruptura e independência A solidão como prazer vem do seu interesse por atividades que exijam concentração e silêncio. São pessoas que tem o gosto pelo ficar calado e desenvolver a observação,. Geralmente Oxóssi é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento certo para agir. Os filhos de Oxóssi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam trabalhos e funções que possam ser desempenhadas de maneira independente, sem a ajuda nem a participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e responsabilidade, pois é sobre ele que cai o peso de sustento da tribo. São pessoas capazes de assumir grandes responsabilidades e de organizar e lidar, sabendo liderar facilmente grandes grupos. Os filhos de Oxóssi não compartilham com os de Ogum o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser radicalmente modificado pelo seu segundo orixá (o ajuntó). Não são pessoas tipicamente extrovertidas, gostando de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos, como o caçador que de vez em quando, compartilha com outro caçador o seu almoço, troca histórias e informações, mas depois segue caçando sozinho. Mesmo sendo um bom observador do comportamento humano – podendo antecipar atitudes e descobrir o que há de lúdico e repetitivo no jeito de cada um se comportar – o filho de Oxóssi tem pouca paciência com as sutilezas da diplomacia. Cansa-se facilmente das pessoas, de suas necessidades complexas, que ele poderá identificar como caprichos. Não aceita que nem todos tenham o aspecto simplista e austero da vida. Fisicamente, são pessoas relativamente magras, menos musculosas que os guerreiros filhos de Ogum ou encorpados como os filhos de Xangô. Tendem a ser pessoas nervosas, mais possuidores daquele tipo de tensão represada, mantida com certa dificuldade, até que explode uma única vez, atingindo o adversário no ponto mais fraco, que havia sido pacientemente visualizado no processo de preparação do bote. Possuem mãos delgadas, finas e extremamente expressivas. Seus olhos são vivos e atentos, seus passos extremamente leves, como do caçador que não quer provocar ruído. Sua movimentação tem certa graça e leveza, numa harmonias advinda da economia dos movimentos. Podem porém, ser mais vaidosos e requintados em circunstâncias específicas, como festas ou acontecimentos sociais em geral, como se o caçador pudesse ser rude ao trabalhar na mata, mas exigisse ser reconhecido como alguém de destaque nos raros momentos que passava  na sociedade.
  
O Culto ao Orixá
O dia de Oxóssi é a quinta-feira, dia igualmente consagrado a outras divindades da floresta. Costuma ser sincretizado em São Jorge na Bahia e São Sebastião no Rio de Janeiro. Os filhos de são extremamente rígidos, exigentes no cumprimento fiel das obrigações do santo e castiga aqueles faltam com  a palavra e os devotos que se esquecem das cerimônias. Seu relacionamento com os iniciados , portanto, segue o padrão de austeridade e inflexibilidade que marcam todo seu arquétipo e suas lendas. A sua dança numa festa litúrgica repete a gesticulação de uma pessoa na caçada, pois os filhos do orixá, quando incorporados, parecem, mesmo no terreiro, estar cautelosamente à espreita de um animal, vasculhando o chão em busca de rastros de animais, se movimentam sem fazer barulho, retesam o arco e atiram a flecha. Sua única expansão é o grito de alegria quando o alvo é alcançado – o que miticamente sempre acontece, pois a pontaria de Oxóssi é perfeita. Quatro é o numero sagrado deste Orixá. Quatro são as qualidades conhecidas de Oxóssi: Odé, Oxóssi que se acabou tornando o nome principal dos quatro tipos: Otin, o companheiro que vai pelas matas ao lado de Ogum, usa só a lança, e não o arco e a flecha, e veste apenas roupas azuis, e Inlé ou Iboalama, o único Oxóssi a vestir-se apenas com couro, que usa um chicote feito também de tiras de couro, chamado Bitalá. Inlé foi casado com Oxum Pandá, e é pai do Orixá Logunedé. A Oxóssi são consagradas todas as caças, sendo muitos os animais que lhe podem ser sacrificados. A ele também são consagradas algumas plantas, como o carrapicho, que costumam agarrar pelos dos animais e nas roupas das pessoas que passam por eles. Os sacrifícios mais conhecidos são o bode, o porco e o galo. As comidas cerimoniais de Oxóssi são o feijão-preto, inhame, feijão-fradinho torrado e o axoxô (milho amarelo misturado com coco raspado). Sua saudação é Okê Arô!!!


Nas regiões do Sul do Brasil é o Sincretismo mais conhecido. Já no Norte é sincretizado com São Jorge ou Santo Antônio.

domingo, 2 de janeiro de 2011

O QUE É UM EGUM?

EGUM
            Eguns nada mais são do que os espíritos que já desencarnaram e Kiumbas quer dizer exatamente a mesma coisa. Apenas se dá entre eles uma diferença de evolução.

Senão vejamos:
Eguns, são todos os que desencarnaram, tiveram vida humana, em contraposição aos Orixás que são forças da natureza.
 
Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, e Exus (entidade de Umbanda), são Eguns.

Obs:
Quando digo que Exus (entidades de Umbanda) são Eguns, é por que no Candomblé, Exu é Orixá, divindade.

         
    É o Orixá intermediário entre os demais Orixás e os homens.
Kiumbas são Eguns ainda muito atrasados na escala de evolução espiritual, são considerados negativos e que por vezes, se fazem passar por outras entidades, normalmente por Exus, criando no leigo, um ponto de vista muito negativo em relação a estas entidades, os Exus, por eles mistificados.
            É sabido que o termo evolução é extremamente relativo, e dentro de uma mesma qualidade de entidades, poderá variar muito o grau de evolução entre cada um deles.
 
O que quero dizer é que entre os Caboclos, assim como entre os Pretos-Velhos e outras entidades, sempre haverá um que esteja um pouco acima, e um outro um pouco abaixo na escala de evolução espiritual.

            O certo, no entanto, é que estas entidades, Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Exus e algumas outras, já chegaram a um nível de evolução tal, que os permitem diferenciar o certo do errado e procurarem humildemente ajuda e colaboração das entidades de níveis mais altos, no sentido de auxiliar aos filhos que os procuram, nos momentos em que seus conhecimentos, permissão ou capacidade de trabalho são impotentes para a ajuda.
 

Normalmente se ouve:
 
- Você está com o encosto de um Egum muito perigoso!
 
- Você precisa fazer uma obrigação para despachar este Egum que está complicando sua vida!

            Isso realmente pode acontecer, pois como já dissemos, Egum é todo espírito desencarnado.

            E pode acontecer que por ainda estar num momento de evolução espiritual ainda atrasada, esteja sendo usado para feitiços ou malefícios e até mesmo por ignorância sobre sua atual condição de desencarnado (egum).

            
 Por vezes, em virtude de desencarnes violentos ou inesperados, o espírito não se apercebe ou não aceita sua nova condição fluídica e sente-se como um de nós, ainda encarnados, sendo assim ele mantém-se muito próximo, principalmente de seus entes queridos quando em vida, tumultuando suas vidas, em virtude da diferença de vibração de suas energias.
Este Egum, precisa certamente ser esclarecido e afastado.

   Várias doutrinas se ocupam deste mister de maneiras diferentes, comprovando que é necessário que os níveis de vida, encarnada e desencarnada, mantenham suas independências.

            Nota-se a diferença então entre os Eguns, Entidades e Kiumbas.Na realidade Egum é a qualificação de todo e qualquer espírito desencarnado. O seu nível de evolução é que o especificará!

            Quando nos referimos aos espíritos vampirizadores, aos incitadores ao vício ou àqueles que se aproximam de nós sempre para o mal, os quais são comprados por quem tem a alma maculada pela maldade, para nos impor males ou feitiços, esses serão certamente os Kiumbas, mas numa generalização muito comum, sempre nos referimos a eles como Eguns.
 

            Pela vaidade e as vezes pela ignorância, muitos não admitem que possam estar sendo mediunizados por um Egum, qual seja, um Caboclo, um Preto-Velho ou mesmo um Exu, para um trabalho de caridade.
 

            Desmistifiquemos então o conceito de Egum e tentemos de todas as maneiras, pela caridade, pela fé, pela oração e pelo trabalho espiritual, elevarmos cada vez mais nossos Eguns de fé para que, pelo trabalho deles, possam ser cada vez mais, atraídos para os caminhos de luz, aqueles Eguns, os Kiumbas, que ainda se encontram nos lamaçais da espiritualidade.

Escrito por:  AUREA OLIVEIRA 

sábado, 1 de janeiro de 2011

A VERDADEIRA VISÃO DE EXU







0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda.

Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a "sujeira". Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido.

E as Pomba-giras seriam as "margaridas" mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm "para arranjar casamento" ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

O que é esse lixo?

Nossos pensamentos negativos.

Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa.

Nossas ações.

Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.

Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.

Sabendo que a religião de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é "A manifestação do espírito para a prática da caridade", qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?

Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.

A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia.

Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.

Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro **, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada. Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas.

Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.

A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite "moça".
Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja "armar emboscadas vivendo a noite". Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião.

Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo:
Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas.

Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo "Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas"